Substantivo: O Que é, Flexões e Exemplos

Casa, Maria, semente, país, igreja, internet, alegria, compreensão, Japão, substantivo. O que essas palavras têm em comum? Todas são substantivos. Mas, afinal, o que é substantivo? O que significa substantivo?



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Vamos tratar desse tema tão importante para a compreensão das particularidades da nossa língua.

Substantivo é uma palavra que serve para dar nome a todas as coisas. Ela serve para nomear pessoas, animais, coisas, objetos, cidades etc.

Quando um bebê começa a balbuciar as primeiras palavras, dizendo mamã (mamãe) e papá (papai), está instintivamente utilizando substantivos. Está tentando nomear as pessoas que o cercam.

O ser humano dá nome às coisas. O substantivo é justamente a classe gramatical a qual os nomes fazem parte. E, curiosamente, a palavra “substantivo” também pode ser chamada de nome.

Parece muito confuso? Não se preocupe. Vamos explicar quais as principais características de um substantivo, seu emprego e quais os tipos.

Dando nome às coisas

O que é substantivo? O substantivo (nome) é uma classe gramatical. Quando reunimos todas as palavras da nossa língua, dividimos tudo em dez classes gramaticais.

Temos, assim, as palavras que são adjetivos, as que são verbos, as que são pronomes e assim por diante.

A classe gramatical dos substantivos vem a ser a mais abrangente. Ela possui o maior número de palavras. Isso é fácil de se perceber. Pense na quantidade de nomes que há ao seu redor. Na sua sala, você poderá lembrar-se das palavras “sofá”, “porta”, “tapete”, “cortina”, “teto”, “chão” e tantas outras.

A flexão dos substantivos

É possível flexionar o substantivo em gênero. Como o próprio nome indica, temos os substantivos masculinos (parque, amor, chapéu) e os substantivos femininos (porta, zebra, xícara).

Também é possível flexioná-los em número e grau. Quando falamos da flexão dos substantivos em número, estamos nos referindo ao singular e ao plural das palavras.

O plural de “menino” é “meninos”. O plural de “limão” é “limões”. O plural de “aparelho” é “aparelhos”. Simples, não é?

Os substantivos podem ser flexionados no grau diminutivo e no grau aumentativo. Vamos lembrar das nossas aulas do terceiro ano. O aumentativo de “menino” é “meninão”. O aumentativo de “casa” é “casarão”.

Por sua vez, a palavra “mesa”, no grau diminutivo, passa a ser “mesinha”. A palavra “formiga”, no diminutivo, vira “formiguinha”.

Poderíamos dizer que os substantivos dão nome a todas as coisas, com moderado risco. São palavras bastante abrangentes.

Facilitando as coisas

Uma maneira bem prática de dizer se uma palavra se trata de substantivo ou não é utilizar um artigo (classe gramatical) antes dela. Podemos usar os artigos definidos “o”, “a”, “os”, “as”, nessa empreitada.

Amor, por exemplo. Dizemos “o amor”.  Nuvem. Dizemos “a nuvem”. Seguindo esse entendimento, dizemos “a vida”, “o pensamento”, “as pessoas”, “a felicidade”, “os amigos”, “a maternidade”, “o chinelo”, “as lembranças”, “a compreensão”, “o hospital”, “o substantivo”.

Resulta curioso observar a origem da palavra. Substantivo, palavra que vem do latim “substantivu”, é aquilo define a própria substância, sendo a essência dela. A palavra latina “substantivu” significa, dessa maneira, “o substancial”.

Classificação dos substantivos

Os estudantes da primeira fase do ensino fundamental sabem muito bem que existem nomes que são chamados de comuns e outros que são chamados de próprios.

Nomes comuns (substantivos comuns) são aqueles que designam, digamos, seres da mesma espécie, sem particularizar esse ser. Trata-se de algo genérico.

São substantivos comuns: menino, mãe, homem, mulher, cachorro, cidade.

Nomes próprios (substantivos próprios) são os que designam seres em particular, destacando-os.

Exemplos de substantivos próprios são: Lucas, Maria, Paulo, Joana, Rex, São Paulo (cidade), Rio de Janeiro (cidade), Brasil.

Os substantivos auxiliam na elaboração das frases que utilizamos em nosso cotidiano. Eles exercem funções relacionadas com o verbo (classe gramatical). Por exemplo, na frase, “a casa caiu”. O sujeito da frase é “a casa”; o verbo é “caiu”. O núcleo do sujeito é o substantivo “casa”.

Vamos ver outro exemplo? Na frase “A menina ganhou uma boneca”. O sujeito é “A menina”. O núcleo do sujeito é “menina”. O verbo é “ganhou”.

Quem ganha, ganha algo. Na frase que estamos analisando, o termo “uma boneca” trata-se de um objeto direto. O núcleo desse objeto direto é o substantivo “boneca”. Interessante, não é?

Os substantivos podem ser simples ou compostos. Substantivo simples é aquele formado por apenas uma palavra. Substantivo composto é aquele formado por mais de uma palavra.

As palavras “pé”, “flor”, “chuva”, “cachorro”, “couve” são substantivos simples. Já as palavras “pontapé”, “beija-flor”, “guarda-chuva”, “cachorro-quente”, “couve-flor” são substantivos compostos.

Precisamos mencionar outra classificação que traz muitas dúvidas, a saber: substantivos concretos e substantivos abstratos.

Os substantivos concretos designam seres (reais ou imaginários) que possuem existência própria, não dependendo de outros seres para existirem. Sendo assim, são concretos os substantivos “telefone”, “gato”, “Europa”, “vento”, “caderno”, “dia”, “fada”, “Homem-Aranha”, “Saci Pererê” e tantos outros.

Por outro lado, os substantivos abstratos são aqueles que não possuem existência própria, necessitam de outros seres para que possam existir.

São substantivos abstratos as palavras “honestidade“, “altura”, “crescimento”, “fome”, “doença”, “ilusão”, “tristeza”, “cor”, “saudade”, “compreensão”, “amor”.

Levando-se em consideração esses apontamentos que fizemos, a palavra “Deus” trata-se de um substantivo concreto, simples e próprio.

Em resumo, os substantivos podem ser:

Simplescasa, rio, balão, fogo, pessoa, água

Compostoguarda-chuva, guarda-roupa, beija-flor, couve-flor

Comumgato, peixe, bairro, cola, suco, menina, garoto

PróprioNapoleão, Jesus, Brasília, Juca, Goiás, Peppa

Concreto computador, televisão, colher, rua, apartamento, carta

Abstratoentendimento, ilusão, paternidade, raiva, angústia

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